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sexta-feira, fevereiro 13, 2004

Orizicultores gaúchos doam 27 toneladas de arroz ao Programa Fome Zero

Os representantes da cadeia produtiva do arroz estiveram reunidos no final da tarde de quinta-feira, em Brasília, com o vice-presidente José Alencar, ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues e deputado federal Érico Ribeiro (PP/RS). Durante a audiência, ficou decidido que os arrozeiros gaúchos irão doar para o Programa Fome Zero, a primeira produção de arroz a ser colhida nesta safra, totalizando em 27 toneladas do produto, ou seja uma carreta de arroz. A entrega simbólica será efetuada durante a 14a Abertura Oficial da Colheita do Arroz, na Granja Zanetti, em Santa Vitória do Palmar, que acontece entre os dias 5 até 7 de março.
A reunião em Brasília também contou com a presença do diretor comercial do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), Rubens Pinho Silveira, Élio Coradini, do Sindicato da Indústria do Arroz e Jairton Russo, do Sindicato das Indústrias de Arroz de Pelotas.
Conforme o presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Artur Oscar Loureiro de Albuquerque, durante a reunião com o vice-presidente da República, ele confirmou a presença na abertura da colheita do arroz, em Santa Vitória do Palmar. José de Alencar será um dos homenageados no evento com o título "Homens do Arroz".
Já, a reunião com Patrus Ananias teve como objetivo reivindicar que o governo federal adquira cerca de 500 mil toneladas do cereal gaúcho para o programa Fome Zero, o que equivale a 10% da produção estimada do grão no Estado na atual safra. Anteriormente, o Governo Federal já teria anunciado o interesse pela compra de 750 mil toneladas do produto para o projeto social. Segundo Albuquerque, em razão do Estado ser responsável por aproximadamente 50% da produção arrozeira do País, a maior parte dos estoques em questão poderá ser adquirida da indústria gaúcha.
Durante o encontro, ficou definida a criação de uma comissão paritária entre o governo e a cadeia produtiva para organizar o setor e a tramitação na venda do produto gaúcho. O presidente da Federarroz diz que dessa forma será analisado o preço, forma de pagamento. "Tudo isso evitará o desvio do arroz e especulações, fazendo com que o mesmo arroz colhido no Estado, que apresenta alta qualidade, chegue da mesma forma sem atravessadores", salienta.

Audiência com Lula
Quanto as 27 toneladas do produto a serem destinadas ao Fome Zero, Albuquerque diz que será entregue de forma simbólica na abertura da colheita do arroz. E, em outra oportunidade, toda a quantia colhida deverá ser entregue diretamente ao presidente do País, Luís Inácio Lula da Silva.
De acordo com o presidente da federação, no dia 20 de fevereiro, a comissão organizadora da festa de abertura da 14ª Colheita do Arroz, participa de uma audiência com o presidente Lula, durante a Festa da Uva, em Caxias do Sul.
O encontro com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues visou debater a liberação de recursos destinados à comercialização da safra 2003/2004.
A intenção da cadeia produtiva é conseguir a liberação de R$ 250 milhões em Empréstimos do Governo Federal (EGFs), R$ 100 milhões em Linha Especial de Crédito (LEC) e R$ 100 milhões na nova modalidade de contrato de opção de venda de grãos. Nesse último tipo de comercialização, a iniciativa privada lança o contrato de opção no mercado e o governo intervém com a equalização do preço. O dirigente da federação destaca que a estimativa de produção da safra de arroz no Rio Grande do Sul é de cinco milhões e 300 mil toneladas de arroz.
Em relação ao inédito contrato de opção privado, Albuquerque salienta que o grupo de trabalho da Câmara Setorial do Arroz já realizou quatro reuniões para avaliar a proposta do Ministério da Agricultura e posteriormente encaminhar sugestões. O presidente da federação informa que o setor aguarda retorno da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a respeito da análise enviada pela cadeia produtiva. O grupo está formado pela Federarroz, Irga, Federação da Agricultura (Farsul), Sindicato da Indústria do Arroz (Sindarroz), Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) e Bolsa de Mercadorias da Metade Sul (BMMS).

Márcia Marinho - Assessoria de Imprensa - (53) 99599914

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