AgroBrasil - @gricultura Brasileira Online

+ LIDAS NA SEMANA

quinta-feira, maio 15, 2014

EMBRAPA CERRADOS clama por ajuda, o PT quer acabar com o centro de pesquisas que mais contribuiu para o avanço do agronegócio

Agnelo Queiroz o PeTista carrasco da Embrapa Cerrados

O apelo dos pesquisadores da Embrapa Cerrados:



"Recentemente o governo do Distrito Federal (GDF) nos surpreendeu com uma decisão que lamentavelmente marcará o início do fim da Embrapa Cerrados caso, seja concretizada. O GDF solicitou a desocupação de uma área de 300 ha (equivalente a 20% do nosso campo experimental), às margens da rodovia BR-020 e que vem sendo utilizada em pesquisas há exatos 35 anos, para a construção de um residencial populacional com 4.900 unidades habitacionais. 
Na petição pedimos que isso não seja realizado. 

Estamos precisando da ajuda de todos!! Por favor, nos ajudem a coletar o maior numero possível de assinaturas."




A petição está no Avaaz:




Por que isto é importante
A Embrapa Cerrados localizada próxima à cidade de Planaltina, no Distrito Federal, é uma das 47 unidades da Embrapa e foi criada em 1975. Essa unidade foi a responsável por boa parte das pesquisas que permitiram a incorporação dos Cerrados Brasileiros ao processo de produção agrícola, uma das maiores conquistas da agricultura tropical no século XX.

Técnicas de correção e adubação do solo, seleção de bactérias que substituem adubos nitrogenados, desenvolvimento de cultivares de soja, trigo e espécies forrageiras adaptadas à região, são algumas das tecnologias que foram desenvolvidas na Embrapa Cerrados e que hoje, além de extensivamente utilizadas pelos agricultores da região, também são exportadas para vários outros países.

Entretanto, na iminência de completar 40 anos de bons serviços prestados ao país, seus empregados foram surpreendidos com uma decisão do Governo do Distrito Federal (GDF), que lamentavelmente marcará o início do fim da unidade de pesquisa caso, seja concretizada. O GDF solicitou a desocupação de uma área de 300 ha (equivalente a 20% do campo experimental), às margens da rodovia BR-020 e que vem sendo utilizada em pesquisas há exatos 35 anos, para a construção de um residencial populacional com 4.900 unidades habitacionais. Não somos contra a construção de moradia para a população mais carente, porém existem áreas alternativas que foram oferecidas ao GDF.

A área pleiteada pelo GDF é diretamente responsável pela geração e validação das várias tecnologias que permitiriam a inserção do Cerrado ao processo agrícola. Desde 1995, vem sendo utilizada para experimentação com manejo de pastagens, visando buscar soluções para um dos grandes passivos ambientais que a região do Cerrado possui atualmente: seus 35 milhões de hectares de pastagens degradadas.A perda dessa área, representativa do bioma Cerrado e com características única dentro da Embrapa Cerrados, resultará não só na perda de 35 anos de pesquisas numa área que gerou e está gerando dados que impactam a agropecuária brasileira, mas também na perda de todo um futuro de possibilidades, que hoje se encontra ameaçado pela insegurança jurídica que paira sobre nossos campos experimentais. A ruptura no processo de coleta das informações nessa área representa um prejuízo irreparável ao avanço do conhecimento e das pesquisas, que vão muito além dos limites geográficos do Distrito Federal.

Além dos prejuízos para a pesquisa, a mudança dos campos experimentais para um complexo habitacional para 20.000 pessoas trará também impactos ambientais relacionados ao consumo dos escassos e sensíveis recursos hídricos da região. Até 2009, antes da promulgação do novo Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) do Distrito Federal, a referida área fazia parte da zona de amortecimento da Estação Ecológica de Águas Emendadas onde estão localizadas as nascentes de duas das mais importantes bacias hidrográficas brasileiras: Araguaia-Tocantins e Paraná.

No Brasil, o aumento da produção agrícola ocorreu pela incorporação de tecnologias e não pela expansão das áreas cultivadas, o que reforça a importância estratégica da pesquisa para o pais. Inúmeros estudos mostram que a pesquisa agropecuária ajuda a melhorar a vida do povo brasileiro. O aumento da oferta de alimentos promoveu uma queda no índice de preço da cesta básica da ordem de 5% ao ano no período de 1975 a 2006. Hoje, a cesta básica custa 20% do que custava em 1975, impactando diretamente no poder de compra do salário mínimo, que nesse mesmo período aumentou em torno de 160%.


Pedimos aos nossos governantes uma visão estratégica e de futuro. Alimentação, assim como a moradia, são essenciais para a população. E, se atualmente temos produtos agrícolas em abundância e com qualidade, foi devido, entre outros fatores, ao grande trabalho desenvolvido pela Embrapa. Existem alterativas para a moradia na região. Em 2015, a Embrapa Cerrados fará o seu aniversário de 40 anos. Neste momento crítico da sua história, o presente que a unidade precisa receber é a escritura definitiva de suas terras. Por isso, vamos ajudar a Embrapa Cerrados: patrimônio de Brasília e de todos os brasileiros.



Nenhum comentário:

+ LIDAS NOS ÚLTIMOS 30 DIAS

Arquivo do blog