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domingo, julho 18, 2004

Rede Agrogases na Conferência Científica Internacional do LBA

Resultados do projeto dinâmica de carbono e gases de efeito estufa em sistemas brasileiros de produção agropecuária, florestal e agroflorestal, da Rede Agrogases, coordenado pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), unidade de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, serão apresentados na III Conferência Científica Internacional do LBA, de 27 a 29 de julho de 2004, em Brasília, DF. A Rede Agrogases é um conjunto de instituições e grupos de pesquisa com atuação integrada e interdisciplinar.
Magda Lima, pesquisadora da Embrapa e coordenadora da Rede, explica que o objetivo principal do projeto é avaliar o estoque de carbono e quantificar as emissões de gases de efeito estufa em agroecossistemas, visando a identificação e seleção de práticas agrícolas sustentáveis e mitigadoras e a vulnerabilidade e riscos dos sistemas agrícolas aos efeitos de mudanças climáticas globais.
Essa conferência irá reunir especialistas do mundo todo que irão discutir um dos maiores experimentos científicos em andamento no planeta, o LBA, Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia, sediado na Amazônia e liderado pelo Brasil desde 1998. São cerca de 800 cientistas e especialistas vindos de mais de 70 centros de pesquisa do e de outras 100 instituições internacionais dos países amazônicos, dos EUA e da Europa.
O LBA é considerado o maior projeto de cooperação científica supra-nacional já criado na área ambiental. Ele surgiu por meio de acordos internacionais e é financiado pelas principais agências de fomento brasileiras, pela NASA e pela União Européia.
A sua meta principal é estudar as interações entre a Floresta Amazônica e as condições atmosféricas e climáticas em escala regional e mundial, ou seja, explicar como funciona a Amazônia como uma biosfera regional, como as mudanças nos usos da terra afetam o clima regional e global e como as mudanças climáticas influem no funcionamento biológico, químico e físico da floresta e sua sustentabilidade.
Outro ponto importante é que os dados do projeto permanecem no país, que controla minuciosamente suas atividades desde o início (até mesmo para ir a campo os pesquisadores estrangeiros são, por acordo, necessariamente acompanhados por cientistas brasileiros). A análise desses dados, por sua vez, trará ainda novas informações sobre a Amazônia. Em resumo, através do LBA ocorre um processo de crescimento e amadurecimento da comunidade científica brasileira.
Os debates que vão ocorrer em Brasília são de interesse mundial. Entre os temas-chave da Conferência estão alguns dos assuntos mais polêmicos e preocupantes para a comunidade científica brasileira e internacional, como o papel do diversos ecossistemas da região amazônica na determinação das variações climáticas locais e globais, a evolução do desflorestamento na Amazônia brasileira, as conseqüências da expansão da pecuária bovina para as políticas públicas da região, os principais fatores de determinação do regime de chuvas, etc. Como os efeitos das alterações da paisagem, do uso do solo e das queimadas na atmosfera e biosfera amazônica alcançam todo o planeta, o mundo inteiro estará acompanhando as discussões da III Conferência Internacional.


Local: Academia de Tênis Resort, Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 04, Conjunto 05, Lote 1B, Brasília, DF, Brasil.


Maiores informações pela InterNet:
Sobre o programa da Conferência: www.lbaconferencia.org
Sobre o Projeto LBA: lba.cptec.inpe.br/lba/


Cristina Tordin
Jornalista
Embrapa Meio Ambiente
19.3867.8708

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