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quinta-feira, setembro 18, 2014

CIÊNCIA SEM PLANEJAMENTO: Universidade inglesa critica empenho de bolsistas brasileiros



Uma universidade do Reino Unido reclamou da falta de empenho de bolsistas brasileiros do programa federal Ciência sem Fronteiras.

A crítica, revelada pela Agência Brasil, foi encaminhada aos estudantes no último fim de semana pela SwB UK (Science without Borders UK), entidade britânica parceira do programa nacional.

A mensagem diz que essa entidade foi "contatada pela Universidade de Southampton devido ao número considerável de reclamações das faculdades em relação ao comparecimento e à aplicação nos estudos" dos bolsistas brasileiros.

O e-mail foi encaminhado a todos os bolsistas de graduação matriculados na instituição –segundo o site do programa, há hoje 90 estudantes de graduação-sanduíche (quando o aluno faz parte dos estudos fora do país).

"É muito decepcionante, para nós [da Science without Borders], ouvir da universidade que os resultados têm sido bastante baixos. (...) Entendo que isso não se aplica a todos vocês, mas para aqueles [que estão nessa situação], gostaria de pedir que se esforcem mais", afirma outro trecho do e-mail.

Após a divulgação do conteúdo, a entidade britânica lamentou o ocorrido e afirmou que o envio do texto a todos os bolsistas foi um "erro administrativo".

A reportagem tentou contato com a SwB UK na terça (17), mas não obteve resposta.

O Reino Unido é o segundo principal destino do Ciência sem Fronteiras, com cerca de 8.800 bolsas concedidas (entre benefícios de graduação e pós). O primeiro lugar é ocupado pelos Estados Unidos, com 20,3 mil bolsas.

Lançado em 2011, o Ciência sem Fronteiras tem como meta conceder 101 mil bolsas até o final deste ano. Em junho, a presidente Dilma Rousseff lançou uma segunda etapa do programa, prometendo mais 100 mil benefícios numa segunda etapa.

A Folha questionou o CNPq (agência federal responsável pelas bolsas no Reino Unido) sobre o episódio e sobre como avaliava o modelo de monitoramento da frequência dos bolsistas às atividades no exterior.

Cabe às instituições estrangeiras, e não à agência, acompanhar o desempenho acadêmico dos alunos.

Em resposta, o CNPq disse que "o parceiro internacional do programa Ciência sem Fronteiras no Reino Unido já se pronunciou sobre esse caso, inclusive assumindo que o envio do e-mail se tratou de uma falha administrativa".

Fonte: Folha de São Paulo

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