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quinta-feira, julho 31, 2014

PETRALHAS: PT persegue a consultoria econômica Empiricus Research por fazer análise realista da situação econômica brasileira



PT inicia caça às bruxas: alvo agora é Empiricus Research




Quando a economia vai mal e o governo não tem nada de bom para mostrar em pleno ano eleitoral, o que fazer? Ora, partir para uma caça às bruxas, claro! O caso do Banco Santander já foi comentado aqui e é da maior gravidade.

O principal ativo de um banco é sua credibilidade. Pergunto: como confiar em um banco que, covardemente, recua diante da pressão do governo e demite o analista que simplesmente disse a coisa mais óbvia do mundo, qual seja, que as bolsas sofrem quando Dilma sobe nas pesquisas e sobem quando ela cai?

Agora foi a vez de o governo perseguir uma pequena casa de pesquisa independente, a Empiricus Research, cujo relatório com tom bastante pessimista sobre nosso futuro tem circulado bastante pelas redes sociais. A empresa emitiu a seguinte nota de esclarecimento hoje:



Soubemos na sexta-feira que a coligação da presidenta Dilma Rousseff entrou com representação no TSE contra a coligação de Aécio Neves, a Empiricus e o Google, por nossas campanhas na internet. O argumento seria de que, supostamente, faríamos propaganda eleitoral indevida.
Antes do argumento em si em prol da desqualificação de propaganda eleitoral pela Empiricus, cumpre esclarecimento ético e moral. Ao entrar com representação contra Aécio Neves, Empiricus e Google, suponho que a coligação da presidenta entenda que há alguma relação entre as partes.
Posto isso, convido a coligação – e mais quem quiser – a mostrar/provar a existência de relacionamento, em qualquer instância, entre a Empiricus e Aécio Neves.



O que o PT quer evitar a todo custo é que circule por aí algo que qualquer pessoa do mercado financeiro já sabe, desde o mais jovem estagiário até o mais rico dos investidores: que as empresas estatais disparam nas bolsas assim que surgem boatos de que nova pesquisa eleitoral irá mostrar queda de Dilma. O PT deseja a tudo custo ocultar isso dos eleitores mais leigos.

Ora, trata-se apenas de um fato. Não dá para negá-lo. Mas o PT tem viés autoritário, e quer impedir pessoas e empresas de simplesmente emitir suas opiniões ou constatar certos fatos. Em vez de a presidente Dilma explicar ou entender o porquê disso, ela prefere tentar quebrar o termômetro ou impedir que o público saiba da febre. Vejam a própria estimativa para crescimento do PIB este ano dos principais analistas de mercado, ouvidos pelo Banco Central:



Estimativa de crescimento do PIB para 2014. Fonte: Focus/BC/Bloomberg


Reparem que está em queda livre, a cada nova rodada de pesquisa os analistas reduzem o crescimento esperado para esse ano, já em míseros 0,9%. Por que as bolsas disparam sempre que Dilma cai nas pesquisas? Eis a pergunta relevante aqui. E a resposta é óbvia: porque os investidores do Brasil e do mundo sabem que mais quatro anos de Dilma no poder representam uma potencial catástrofe para o país e o valor de nossos ativos. Simples assim!

A caça às bruxas já começou. O PT joga pesado, e fará de tudo ao seu alcance para se preservar no poder e garantir as mamatas aos seus. Fará “o diabo”, como confessou a própria presidente Dilma. Espera-se que o país saiba reagir à altura, e mostrar que ainda há independência de análise e liberdade de expressão por aqui. Não passarão!

PS: Como já fui analista de empresas e gestor de recursos, tendo trabalhado no mercado financeiro de 1997 a 2013, vou emitir minha opinião aqui, o meu julgamento livre e totalmente independente de qualquer partido. Se Dilma ganhar a reeleição, acredito que o Ibovespa, o índice das principais ações brasileiras, pode cair até 40% nos próximos meses/anos, e o dólar poderá ultrapassar os R$ 3,00. Terrorismo eleitoral? Não! Análise independente, essa que o Banco Santander está vetado de fazer por pressão do governo.


Rodrigo Constantino 


Ibovespa já perdeu mais de 40% em termos reais desde que Dilma assumiu o governo


Já que o governo vem fazendo pressão e até caça às bruxas para que ninguém mais possa emitir opiniões ou análises pessimistas sobre sua eventual reeleição, que tal olharmos para trás? Aí ninguém poderá nos acusar de “terroristas eleitorais” ou “pessimistas”. Observemos o retrovisor mesmo: o que aconteceu com o valor das principais empresas brasileiras negociadas em bolsa? Eis a resposta:

Ibovespa x Selic em base 100 desde 2011. Fonte: Bloomberg

O que podemos notar é uma clara tendência de baixa do Ibovespa em termos reais (i.e., deflacionado pelo custo de oportunidade da renda fixa, calculado com base na taxa básica de juros, Selic). Desde que a presidente Dilma assumiu o governo, o Ibovespa já perdeu 40% de seu valor real.

Isso graças à recuperação recente, justamente como resultado da maior expectativa de que Dilma possa ser derrotada nas eleições. Ou seja, a alta de dez pontos percentuais se deve ao efeito Aécio, aquele que o PT quer esconder dos eleitores.

Não fosse isso, a Ibovespa já teria perdido metade de seu valor real. Em outras palavras, aquele investidor que resolveu apostar na gestão Dilma e aplicar suas poupanças em uma cesta das principais ações brasileiras em vez de manter o dinheiro na renda fixa teria, hoje, a metade do valor que teria se simplesmente tivesse colocado em um fundo de renda fixa e saído de férias.

O PT pode até tentar vender por aí a imagem de que isso só interessa às “elites brancas”, como sempre faz, mas isso é ridículo. Todos perdem com esse cenário! Não só os empresários e os investidores grandes, mas quem tem FGTS aplicado em ações, quem tem algum recurso investido em fundo de renda variável, funcionários que veem suas empresas perdendo valor e tendo menos recursos para bonificações, aposentados que olham seus ativos caindo de valor, etc.

Isso porque usei o Ibovespa, um índice geral, e não as estatais. Essas foram dizimadas durante o governo Dilma. A Petrobras, por exemplo, já perdeu dezenas de bilhões de valor de mercado, e hoje é a empresa mais endividada do mundo, colocando em risco o emprego e a poupança de milhões de pessoas.

Entende-se por que o PT não quer a liberdade de previsões dos analistas. Mas se ele pode calar alguns bancos, não pode mudar o passado. Basta observar o que aconteceu. E isso porque os problemas mais graves da péssima gestão da presidente Dilma mal começaram a aparecer…


Rodrigo Constantino

TSE remove anúncio sobre 'proteger patrimônio' caso Dilma vença


A pedido da campanha da presidente Dilma, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) obrigou a consultoria econômica Empiricus Research a retirar do ar uma campanha publicitária relacionada com as eleições de outubro.

A campanha estava sendo veiculada na internet por meio de anúncios no Google e orientava os clientes sobre quais ações investir em caso de vitória de determinado candidato.

Dois anúncios se tornaram populares na web: "Como se proteger da Dilma, saiba como proteger seu patrimônio em caso de reeleição de Dilma" e "E se Aécio Neves ganhar? Que ações devem subir se Aécio ganhar a eleição".

A Empiricus é conhecida no mercado por seus textos polêmicos e por análises com boa dose de humor. A empresa chegou a ser processada por análises feitas sobre o frigorífico Marfrig.

FORA DO AR
A coligação de Dilma entrou na sexta-feira como uma representação junto ao TSE acusando a Empiricus, o Google e a coligação de Aécio Neves de fazer propaganda eleitoral antecipada.

No domingo à noite, o ministro Admar Gonzaga concedeu uma liminar favorável, obrigando a Empiricus a retira a campanha do ar. A consultoria não informou se vai recorrer da decisão.

"Somos uma consultoria econômica independente. Temos o direito de fazer análise sobre o impacto das eleições na bolsa de valores. Se não pudermos fazer agora, quando faremos? Quando não for mais relevante?", disse à Folha Rodolfo Amstalden, um dos sócios fundadores da Empiricus.

Na representação entregue ao TSE, a coligação de Dilma defende que "o conteúdo da campanha ultrapassa qualquer limite da liberdade de informação, chegando a incitar um certo terrorismo no mercado financeiro".

Segundo Amstalden, não há qualquer relação entre a consultoria e o candidato Aécio Neves. Ele reforça ainda que o mercado tem reagido as pesquisas eleitorais e que as ações estão subindo quando a oposição avança.

A consultoria informa que também produziu anúncios sobre o que ocorreria com as ações se Dilma ou Eduardo Campos ganhassem as eleições, mas que não fizeram sucesso junto aos internautas.

Para o coordenador jurídico da campanha do PT, Flávio Caetano, "a Empiricus tem se utilizado de posts patrocinados do Google para divulgar conteúdo propagandístico favorável a Aécio e desfavorável a Dilma, o que juridicamente reprovável".

SANTANDER
Esse é o segundo caso polêmico envolvendo as eleições presidenciais e as consultorias econômicas. Na semana passada, o banco Santander enviou uma análise a seus clientes indicando que as ações poderiam cair em caso de vitória de Dilma.

A coligação da presidente também criticou a nota como "terrorismo eleitoral". O banco espanhol se desculpou e demitiu os autores dos informe. Para analistas, o Santander estava apenas informando seus clientes dos movimentos do mercado.

Fonte: RAQUEL LANDIM na Folha.com


'Sou pago para falar o que penso', diz analista de consultoria cerceada pelo PT

Após episódio com o banco Santander, partido atua para neutralizar análises da consultoria Empiricus, que prevê "futuro sombrio" para a economia brasileira caso a presidente Dilma se reeleja

PT protocola representação contra consultoria que prevê economia indo mal se Dilma se reeleger

Na última sexta-feira, toda a artilharia petista se armou contra o banco Santander depois que um relatório enviado a clientes de alta renda previa mais dificuldades para a economia brasileira se a presidente Dilma Rousseff se reeleger. Temendo represália, o banco enviou nota ao mercado desculpando-se pelo texto da equipe de análise e assegurando que medidas haviam sido tomadas em relação aos responsáveis. No mesmo dia, o partido silenciosamente protocolou uma representação contra a consultoria de investimentos Empiricus Research no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A justificativa foi a mesma que a usada pelo presidente do PT, Rui Falcão, para recriminar o banco Santander na sexta-feira: "terrorismo eleitoral". Ou, de forma mais sofisticada, "fazer manifestações que interfiram na decisão de voto".

Segundo a representação, a Empiricus estaria vinculada ao candidato tucano Aécio Neves, à coligação Muda Brasil e ao Google numa campanha com o intuito de manchar a imagem da presidente Dilma por meio de propaganda paga. A consultoria, conhecida no mercado pela forma dinâmica e descomplicada com que produz suas análises, anunciou alguns de seus textos por meio da ferramenta Google Ads. Ao longo do último mês, permaneceram em evidência no Google os anúncios mais clicados por leitores, que eram justamente os textos intitulados: Como se proteger de Dilma e E se Aécio ganhar. O ministro Admar Gonzaga, do TSE, acatou o pedido protocolado em nome de Dilma e concedeu liminar impedindo a Empiricus de propagandear suas análises no Google. O gigante da internet também foi alvo de representação, assim como o candidato do PSDB e sua coligação. Em entrevista ao site de VEJA, o autor dos textos, Felipe Miranda, afirmou que a medida não intimidará seu trabalho. "O que já vínhamos falando aos nossos clientes sobre a gestão do governo e a condução da política econômica só piorou com esse cerceamento. Mas vamos continuar atuando da mesma forma. Não tenho rabo preso e sou pago pelos meus clientes para falar o que penso", afirma. Confira trechos da conversa.

O TSE informou a consultoria sobre a representação do PT?
Não, ainda não recebemos nenhum comunicado oficial. Ficamos sabendo pela internet. Mas a situação é absurda, pois não há campanha eleitoral da nossa parte. Podem não gostar do que escrevemos, mas nos colocar ali é absurdo.

Estão impedidos de produzir análises com foco eleitoral?
Não. Há uma liminar que nos obriga a tirar aqueles textos do ar. Mas não existe a possibilidade de alguém nos proibir de fazer nossas análises críticas, pois aí seria censura explícita. Já seria um ato institucional contra a liberdade de expressão. Além disso, o que já vínhamos falando aos nossos clientes sobre a gestão do governo e a condução da política econômica só piorou com esse cerceamento. Mas vamos continuar atuando da mesma forma. Não tenho rabo preso e sou pago pelos meus clientes para falar o que penso.

Como o Google distribuiu os anúncios dos textos produzidos pela Empiricus?
Os dois textos são muito claros: tratam de uma tese econômica que não é nova e que mostra que a bolsa cai quando a Dilma sobe nas pesquisas, e sobe quando o Aécio melhora. O objetivo é simples: nossos clientes devem se proteger desses solavancos. Os anúncios dos textos chegam de forma idêntica ao Google, mas, de acordo com a métrica de distribuição desses anúncios, ficam mais expostos os que são mais clicados. Diante disso, podemos escolher tirar do Google Ads os anúncios menos rentáveis. O que não foi o caso dos anúncios sobre as perspectivas econômicas num cenário de vitória da Dilma e do Aécio.

A consultoria sofreu algum tipo de represália fora a representação no TSE?
Tirando esse clima de caça às bruxas, de perseguição, nada foi feito. Há, claro, a militância. Desde a semana passada recebo xingamentos e ameaças de toda a natureza por email e por meio das redes sociais. Nosso site já caiu várias vezes e tentaram invadir nossos emails. 

Desde a repercussão do caso Santander, o mercado está mais amedrontado?
Não posso falar pelo mercado, pois não estou a par. Mas o que é certo é que estão tentando cercear nossa liberdade e nosso dever fiduciário de prover boas dicas. Nós estamos pessimistas em relação à economia e não posso ignorar isso em minhas análises. No caso do Santander, entendo que ficou feio para o banco ter de voltar atrás na opinião de um analista. Mas não me surpreende, pois os grandes bancos não querem romper relações com o governo. Mas nós somos independentes e só temos compromisso com nossos clientes.

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