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sexta-feira, julho 10, 2015

LUCIANO AYAN: Papa abraça a causa da luta para que todos sejamos escravos





Já fui católico (de araque). Na verdade eu era um deísta que gostava de ler São Tomás de Aquino e, equivocadamente, me dizia católico. Pura ignorância teológica mesmo. Acontece. De qualquer forma, desde que me tornei um incréu, essas questões de crenças metafísicas não são mais relevantes para mim, ainda que eu respeite os crentes.

Cientificamente, não temos como saber qual opção é mais racional, haja vista que a ciência não trata desta questão. Como pragmático, aliás, argumento que a racionalidade não depende de crença ou não em Deus, mas da capacidade de indivíduos, crentes ou não, argumentarem logicamente. Um crente com argumentos bons seria muito mais racional que um incréu com argumentos ruins. E vice versa. Portanto, crer ou não em Deus não garante nada em termos de racionalidade. Corra atrás de seus argumentos para conquistar este título. Isto, em uma casca de noz, é o que defendo em termos de uma visão baseada em ceticismo político.

Me empolguei e fugi um pouco do assunto. Voltemos a ele. O Papa.Hora de tomar um Engov para seguirmos…

O fato é que na Bolívia o Papa atacou o capitalismo. Para a figura, é “um sistema que impôs a lógica dos lucros a qualquer custo, sem pensar na exclusão social ou na destruição da natureza”. Voltando aos tempos do milenarismo (de antes das Cruzadas), ele partiu para a mais abjeta religião política pedindo ‘salvação’ em Terra: “Este sistema já não se aguenta, os camponeses, trabalhadores, as comunidades e os povos tampouco o aguentam. Tampouco o aguenta a Terra, a irmã Mãe Terra, como dizia são Francisco”.

Coisa feia. Coisa muito feia.

Esse embuste dizendo que o capitalismo é o problema do mundo deveria ser o suficiente para excomungá-lo. Até porque o capitalismo é um sistema baseado em trocas voluntárias, e no qual a caridade funciona como se fala na Bíblia: por meios voluntários. O que o socialismo promete é a escravidão do povo, com um pretexto de ajudar os pobres. Isso não tem nada de caridoso. Na verdade é monstruoso. Leandro Narloch fez muito bem ao lembar que “na Idade Média, quando a Igreja dominava o mundo, a pobreza era um pouquinho maior. Não é o capitalismo que exclui os pobres, e sim a falta de capitalismo”.

A lógica papal diz que “a distribuição justa dos frutos da terra e do trabalho humano é dever moral”. Há quem diga que o Papa foi descuidado. Discordo. Ele foi intelectualmente desonesto, pois tem conhecimento bíblico para saber que não existe absolutamente nada na Bíblia validando o discurso de “distribuição justa”, desde, que, é claro, amparado por um poder totalitário (para fazer a tal “distribuição”).

O horror campeia solto mesmo nas palavras de Francisco, pois ele chega a dizer que isso é “para os cristãos, um mandamento”. Só se for em uma versão da Bíblia que ele inventou, não na Bíblia que todos conhecem. Os mandamentos para os cristãos são 10. Não existe nada disso de “distribuição” impositiva na Bíblia. Ao contrário, a Bíblia diz “com o suor do teu rosto comerás o teu pão” (Génesis 3:19).



O apelo à coerção vem do discurso contra a privada: “Trata-se de devolver aos pobres o que lhes pertence.” O famoso discurso de “função social” da propriedade. Isto é, o que é seu não é realmente “seu”, mas “dos pobres”. Na verdade isso sempre significa que o que é seu é dos donos do estado inchado, fingindo-se de representantes “dos pobres”. A quem o Papa acha enganar? Aqui não passa.

O vídeo abaixo também é reveladors. A 1h20 min, ele fala de “Pátria Grande”. Em outras palavras, defende a violação das soberanias das nações em nome de um bloco internacional de socialismo. Veja:





O grande cuspe na cara do povo vem a 1h23, quando ele pede censura de mídia, falando, feito lobo em pele de cordeiro, que “a concentração monopólica dos meios de comunicação social pretende impor pautas alienantes de consumo e certa uniformidade cultural”.

Que concentração de mídia, Francisco? Num país onde temos 7 grandes empresas de mídia, isso não é concentração, mas distribuição. O Papa sabe que o objetivo de quem fala em “regulação econômica de meios” é um só: reduzir o poder das várias empresas de mídia, para torná-las mais vulneráveis à chantagem de anúncios estatais. É precisamente o que ocorre na Venezuela e na Argentina.



O Papa já não representa a Igreja Católica. Representa o Foro de São Paulo. O discurso dele tem um único propósito: lutar para nos transformar em escravos. Vamos tolerar isso?


Fonte: Blog Ceticismo Político

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