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quinta-feira, abril 10, 2014

CETICISMO POLÍTICO: Presidente do IPEA ajuda a jogar o instituto no lixo e diz que os outros é que tentam fazê-lo


Conforme já se sabe, a pesquisa do IPEA afirmando que 65% das pessoas diziam que mulheres com o corpo à mostra mereciam ser atacadas não apenas se baseou em uma fraude intelectual, como também inclui um suposto erro. Eu digo “suposto” pois existe também a tese de mais uma fraude.

Pois bem. Na verdade, apenas 26% das pessoas disseram achar que “mulheres com o corpo à mostra mereciam ser atacadas”. A desculpinha é que a planilha do IPEA teria sido trocada por engano. Então tá.

Vejam os dois pontos grotescos da pesquisa:
  1. Inicialmente a pesquisa confundiu “atacadas” com “estupradas”, conforme já denunciou muito bem Felipe Moura Brasil. Essa foi com certeza uma fraude intelectual.
  2. Depois vimos que as planilhas foram “trocadas”, e o número não era 65%, mas 26%. A turma do IPEA diz que é erro, mas também pode ser um caso de fraude intelectual.
Diante do reconhecimento dessa vergonha, o presidente do IPEA lançou um discurso com mais duas fraudes intelectuais tentando justificar o injustificável. Leia, conforme texto do Brasil247:
Marcelo Neri, presidente do Ipea, sai em defesa da instituição após erro de polêmica pesquisa que relaciona roupas que mulheres usam com casos de estupro.
Um levantamento que chocou o País ao mostrar que 65,1% dos brasileiros apoiavam que mulheres que usam roupa curta sejam violentadas foi corrigido posteriormente pelo Ipea. Em nota, o instituto esclareceu que o apoio vem, na verdade, de 26% dos brasileiros, enquanto 70% discordam total ou parcialmente e 3,4% se dizem neutros.
Neri justifica dizendo que foram erros de planilha e não de processamento. Segundo ele, a troca não muda as conclusões sobre o assunto. Ele ressalta que havia uma questão especifica sobre estupro (”Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupro”) que teve 58,5% de concordância total ou parcial. “Há pessoas tentando jogar essa instituição no lixo”, disse em entrevista ao Globo.
“Estamos no auge da turbulência, mas não acho que houve erro permanente”, acrescenta.
Como pode Marcelo Neri dizer que a troca não muda as “conclusões sobre o assunto”? Para endossar sua tese, ele pratica a seguinte fraude intelectual: fingir que a afirmação “se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupro” significa um endosso ao estupro. Nada mais falso.

Se alguém escrevesse que “se as crianças não aceitassem balas de estranhos, haveria menos risco delas usarem drogas indevidamente”, então, na lógica desse infeliz, estaria endossando o uso de drogas. Pelo mesmo raciocínio, se alguém dizer que “se as pessoas não clicarem em e-mails de phishing, reduz-se o risco de contaminação de seu computador com spywares e malwares”, estaria endossando a invasão do computador.

Enfim, é claro que apontar um risco causado pelo comportamento não implica em endosso à materialização do risco, e, portanto, a tentativa de usar a expressão “se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupro” como um endosso ao estupro é uma fraude intelectual das mais patéticas.

Na minha conta, então, já temos três fraudes intelectuais. Epa, esperem… são quatro.

Isso por que ele diz que sua fraude tomando a expressão “se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupro” como um endosso ao estupro serve para manter a pesquisa errada/fraudulenta como válida. Assim, na ótica de Neri, “a troca não muda as conclusões sobre o assunto”.

Fico imaginando um auditor de TI divulgando um relatório de incidentes dizendo que 65% dos incidentes foram atendidos fora do SLA. Em seguida, após o lançamento de multas em fornecedores, o auditor pede desculpas e diz “que foram só 26%”. Você consegue realizar o que aconteceria com um auditor dizendo que “a troca não muda as conclusões sobre o assunto” diante de um erro tão grotesco? Demissão ou cancelamento de contrato de auditoria na certa.

É fato que Neri toma a fraude intelectual como um método. Ele simplesmente não pára de fazer isso. Se lhe apresentarem essas refutações, esperem novas fraudes surgirem, em um continuum.

É esse tipo de caráter que ajudou a jogar o IPEA no lixo. O problema não são apenas os erros e fraudes do instituto na famosa “pesquisa do estupro”, como também as declarações de seu presidente, cometendo novas fraudes para defender o indefensável.

Diz-se que cada organização é a cara de seu presidente. Assim, fica claro que podemos confiar tanto no IPEA como no seu presidente. Ou seja, qualquer camelô paraguaio é mais confiável, com certeza.

Este é o IPEA hoje em dia. Mais uma instituição que perdeu toda sua credibilidade por causa do aparelhamento petista.

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